
Quando seu médico a chama ao seu consultório depois de um exame de rotina. As notícias são ruins: Lindsay adquiriu uma rara doença, chamada Anemia Aplástica de Negli, que faz o corpo parar de produzir glóbulos vermelhos. A porcentagem de pessoas que consegue é muito pequena, e as chances diminuem conforme os estágios avançam. Ela está entre o segundo e terceiro estágio, e começa a receber transfusões de sangue como tratamento.
Como se não bastasse a anemia, um assassino em série está a solta pela cidade, assassinando apenas recém-casados, e a noiva sempre acaba sendo violada pós-mortem de modo a desonrá-la.
O caso acaba por se tornar o mais desafiador de sua carreira. Preocupada em não viver por tempo suficiente para prender o assassino, A detetive une sua amiga legista Claire Washburn, a jornalista novata Cindy Thomas e sua colega promotora Jill Bernhardt, formando o Clube das Mulheres Contra o Crime, investigando por fora de seus departamentos o caso dos noivos.
Além de ter que lidar com o risco de morte e um caso aparentemente impossível, Lindsay tem de lidar com seus sentimentos por seu novo parceiro de investigação, Chris Raleigh. Como ela podia abrir seu coração a um homem depois do que seu ex-marido fez? Pior, como ela poderia amar alguém estando tão perto de partir?
Em 1º a Morrer, o primeiro da série Clube das Mulheres Contra o Crime, nada é o que parece e tudo é possível.
Lembrei de uma coisa que o meu primeiro parceiro me disse: "Nunca lute com um porco, Lindsay . Vocês dois ficam sujos. E os porcos gostam."
James Patterson é um escritor americano de grande sucesso. Além de Clube das Mulheres Contra o Crime, é autor das séries Alex Cross, Bruxos & Bruxas, Private e mais dezenas de histórias. A série CMCC já foi adaptada como série de TV com o nome de Women's Murder Club, como filme para TV intitulado First to Die (Núpcias de Sangue, no Brasil) e para os games nas plataformas PC, X-Box e Nintendo DS.

Patterson fez um ótimo trabalho. As personagens foram compostas de modo natural, seus pensamentos e sentimentos são o mais realista possível. James também enfatiza a luta das mulheres da área criminal e quão duro elas precisam trabalhar para alcançar seus cargos. Em muitas cenas é óbvio que duvidam da capacidade da detetive Lindsay para resolver o caso, mas ela consegue lidar de maneira profissional com essas situações e honra seu distintivo.
O caso é complicadíssimo. Há muitas reviravoltas e é segredos. O livro é narrado em primeira pessoa por Lindsay na maioria dos capítulos, terceira pessoa no ponto de vista de algumas das meninas (Cindy sendo a mais frequente dentre elas) e em terceira pessoa sob a visão do assassino. Todos os suspeitos são muito suspeitos, eu me descabelei tentando resolver o mistério antes do fim do livro, como costumo fazer. Não consegui. E adoro quando os finais não são previsíveis.
─ Estou em forma ─ ela sempre dizia. ─ Redondo é uma forma.
Achei a Cindy um verdadeiro prodígio como repórter, um amor e muitíssimo inteligente e esperta, além de empenhada. Jill é o tipo de mulher bem sucedida que vemos nos filmes americanos, mas ao contrário dos clichês ela é casada e passa um bom tempo com o marido quando este não está viajando a negócios. Gosta de praticar esportes e é muito dedicada ao trabalho nos tribunais. Claire me apareceu a mais velha. É a única negra do clube, é uma legista muito respeitada, é casada e tem dois filhos jovens. Ela consegue parecer uma figura materna para o clube e ao mesmo tempo durona. É descontraída e sábia, equilibrada.
E precisamos falar sobre o Chris. É apaixonante, é difícil para Lindsay resistir a ele. Bonito por dentro e por fora. O bote salva-vidas de que ela precisava em meio a tantas mortes e sua doença, a qual mantém em segredo (apenas as poucas pessoas próximas a ela sabem disso).
Não sabemos para que lado o trem foi, se olhamos só para os trilhos.
O epílogo é algo diferente do que estou acostumada. Se o prólogo te conquista e faz querer ler tudo em um só dia, o final... Não posso dizer que não finaliza, porque é um final, mas ficou levemente em aberto. Mas a emoção do trecho acaba, no final, fechando com chave de ouro.
Importante ressaltar que 1º a Morrer foi lançado em 2001 (eu tinha apenas 5 anos!), mas ainda parece muito atual.
Fãs do gênero policial vão adorar o livro.
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