Lindsay Boxer ainda está se recuperando dos pesarosos acontecimentos de 1º a Morrer, mas quando uma criança morre num tiroteio em frente a igreja um bairro de predominância negra, a agora tenente Boxer põe as mãos à obra para descobrir que tipo de monstro abriria fogo contra um grupo de crianças. Seria um crime de ódio contra os afro-americanos ou algo mais profundo?
Seja qual for o perigo, Lindsay sabe que sempre poderá contar com o Clube das Mulheres Contra o Crime, a promotora Jill Bernhardt, a legista Claire Washburn e a jornalista Cindy Thomas.
Cindy conhece melhor o responsável pela igreja atingida, o reverendo Aaron Winslow, e os dois começam a sair. Jill está grávida, porém com riscos ─ será que ela vai conseguir diminuir seu ritmo alucinado de trabalho por sua família? E, falando em família, alguém que nossa protagonista não via há muitos anos está de volta, a fim de fazer as pazes. Mas será que ele está dizendo a verdade?
Saiba saiba as respostas no segundo livros da série Clube das Mulheres Contra o Crime, 2ª Chance.
– Arthur Ashe sempre foi um dos meus. Alguém perguntou a ele se era difícil conviver com a AIDS, e ele respondeu: "Nem chega perto da dificuldade do que foi crescer nos Estados Unidos sendo negro."
James Patterson também é autor das séries Maximum Ride, Bruxos & Bruxas, Alex Cross, Private, e escreve também livros infantis, porém é mais conhecido no gênero policial. Andrew Gross é best-seller do New York Times e publicou as séries Collaborative, Solo e Ty Hauck, além de coescrever os segundo e terceiro livros de Clube das Mulheres Contra o Crime, The Jester, Lifeguard e Judge & Jury com Patterson.
O foco geral da história é o preconceito racial. Se hoje, principalmente nos EUA, a coisa já é ruim, imagina há mais de 10 anos atrás, quando o livro escrito? O autor tenta quebrar tabus de muitas formas: há o belo relacionamento com a loira caucasiana Cindy e o negro Aaron, a história dos negros na polícia, apontando as injustiças cometidas pelos policiais brancos contra negros (que até hoje levam a morte milhares de inocentes em todo o mundo), além do abuso policial com os cidadãos da etnia.
Um atirador de elite fará muitas vítimas. 2ª Chance é emocionante e reflexivo, com drama e ação. Muitas vidas já conhecidas pelo leitor da série ficarão por um fio e alguém com que não simpatizávamos não terá muita sorte.
Finalmente saberemos o real porquê de o pai de Lindsay ter abandonado toda a família. É algo triste.
Ela lembrou que Aaron Winslow não era alguém para quem a fé tinha sido gerada por uma vida de abnegação. Ele veio das ruas. Foi capelão do exército. Poucos dias antes, tinha ficado na linha de fogo e deve ter salvado vidas.
As ideias de James para os crimes até agora têm sido geniais. Mesmo com o vilão narrando alguns capítulos, é difícil adivinhar o verdadeiro culpado ─ o andar da carruagem te faz mudar as teorias. Eu quase adivinhei, mas confesso que subestimei o personagem.
Algo que não gostei foi a receita repetida do primeiro livro: Lindsay tem certeza de quem é o assassino e consegue derrotá-lo, mas por algo que Claire descobre, acabam se dando conta de que pegaram a pessoa errada, rola um monte de coisa doida, conseguem achar o verdadeiro culpado, e ele acaba morto. Isso não estraga o prazer da leitura, pois o autor consegue com que a história ressalte sobre esse detalhe técnico. Só espero que no próximo livro algum desses detalhes mudem.
Jamais deixarei de admirar a Cindy. É uma querida, esperta, inteligente, com bom coração... com certeza meu personagem favorito. E quero um Aaron na minha vida, por favor.
A adição de um coescritor não me foi perceptível, não sei até que ponto Gross colaborou com Patterson, mas não me pareceu relevante o suficiente ─ os dois parecem um só. Não sei se isso é algo bom ou ruim, só sei que mal posso esperar por 3º Grau!
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