#Resenha "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen

Quando é anunciada a chegada de um homem solteiro de grande fortuna ao condado de Hertfordshire, as famílias com filhas solteiras na região ficam extremamente agitadas para que um casamento com tal cavalheiro possa ser arranjado.

Mr. Bingley é um homem rico, porém modesto e gentil. Embora não se possa dizer o mesmo de suas companhias ─ Mrs. Hurst e Miss Bingley, irmãs de Bingley, são falsas e arrogantes, e Mr. Darcy, seu amigo, é extremamente orgulhoso.

Mrs. Bennet está determinada a casar todas as suas 5 filhas, então é de se imaginar sua satisfação quando Mr. Bingley se aproxima da mais velha, Jane. Querendo apressar o pedido de casamento, Mrs. Bennet faz Jane atender um pedido de Miss Bingley, e a primogênita cavalga para a Netherfield Park, é pega pela tempestade e acaba gripada. A segunda mais velha, Elizabeth, decide ir para a propriedade de Bingley para cuidar de sua irmã, passando alguns dias lá.

Mr. Darcy começa a desenvolver sentimentos por Elizabeth, mas luta contra todos os sentimentos, vista que é muito simplória e com conexões insignificantes.

Elizabeth o odeia. Orgulhoso e soberbo. Quanto mais tempo o grupo deles passa em Hertfordshire, mais ela ouve coisas sobre Darcy o fazem mais detestável aos seus olhos.

Com romance e sátira, Orgulho e Preconceito é uma obra deliciosa, com personagens marcantes e críticas à sociedade da época.

"Nada é mais enganoso", disse Mr, Darcy, "do que a aparência da humildade. É frequentemente só o descuido de julgamento, e às vezes, uma ostentação indireta."

Jane Austen (Hampshire, 16 de dezembro de 1775 - Winchester, 18 de julho de 1817), é uma autora britânica da literatura clássica. Orgulho e Preconceito, primeiramente intitulado "Primeiras Impressões", embora tenha sido seu primeiro projeto, foi seu segundo romance publicado e o terceiro concluído.

A primeira coisa que pensei ao pegar o livro para ler foi "vamos descobrir o que tem de tão interessante desse Mr. Darcy". Ler essa obra foi um experiência suave e inteligente. A condução do enredo é firme, com as surpresas no momento certo.

O que muito funciona é a temática do orgulho e do preconceito derivado das primeiras impressões. Afinal, isso é atemporal ─ as pessoas, no geral, sempre julgam pelas aparências. Ela aparenta ser arrogante, ele aparenta ser de boa índole. É aquele velho erro de julgar os outros com base no nosso eu.

Gostei muito de Elizabeth ─ é o tipo de pessoa que você pode chamar para um chá e conversar assuntos substanciais. Ela é determinada e inteligente, e cresce muito no decorrer da história.

Agora vamos a Mr. Darcy. Estou entre as milhares de leitoras que se apaixonaram por ele. Ele também cresceu durante o livro. Não posso contar muito, porque seria spoiler, digo apenas que ele tem um coração maior do que parece.

Sim, a vaidade é, de fato, uma fraqueza. Mas o orgulho... onde há uma real superioridade de mente, o orgulho sempre será uma boa regra.

Lydia e Mrs. Bennet são, com certeza, as personagens mais irritantes ─ conseguem ser mais insuportáveis que Mr. Collins. Lydia, a caçula, não tem a mínima noção de coisa alguma, e se nega a admitir qualquer erro. Mrs Bennet é quase tão fútil quanto sua filha mais nova, a diferença é que menos inconsequente.

Mr. Bennet é uma figura que me é interessantíssima. Suas observações chegam a ser hilárias pela franqueza, mas acaba sendo o tipo que mais fala e pouco faz, sendo um pai ausente devido ao fracasso que se tornara seu casamento ser tornou, pois descobriu que ele e a esposa não eram parecidos, muito menos compatíveis. Elizabeth é sua favorita, pois é a mais parecida com ele. Está entre os que decidem mudar de atitude durante as reviravoltas.

Senti bastante a falta da descrição dos ambientes. Também há a tal "Milícia de ...shire", desse jeito. Não atrapalhou em nada a leitura, mas achei estranho. Meu entendimento foi ela quis dizer que ninguém sabia ao certo de onde era a milícia.

Minha experiência com Jane Austen não poderia ter sido melhor, e com certeza lerei suas outras obras.

Classificação

Sobre Claudia Carvalho

É proprietária e autora do OUL. Interessada em literatura e ficção desde a infância, acredita que conhecimento existe para ser compartilhado.

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