#Resenha - "Lua Azul - Os Imortais #2", de Alyson Noël

Em Lua Azul, segundo volume da série Os Imortais, Ever estão livres para ficarem juntos para sempre, e finalmente consumar seu amor. Agora que Drina se foi, ninguém mais os impede, a não ser a própria Ever. Ela não consegue esquecer o fato de que, enquanto Damen não estava com ela em suas encarnações passadas, vivia como um boêmio – o que significa que ele era, digamos, um grande “galinha”.

Enquanto ela luta para derrubar esta última barreira, seus poderes de imortal começam a evoluir, e aprende materialização e telecinesia. O problema é que Ever sempre se distrai e acaba aos beijos com Damen, para depois cortar o clima, “parando no meio do caminho”, com ela diz. Mas chega um ponto em que ela decide dar um basta e encarar seus medos. Damen então planeja uma noite romântica em um hotel megaluxuoso, para onde eles iriam na sexta-feira á noite, logo depois da estreia de Miles na peça Hairspray.

Mas algo de errado parece estar acontecendo com Damen. Ele parece ficar doente, com tosses e suor – o que é muito estranho, levando em conta que imortais não suam ou ficam doentes. O curioso é que essas crises começaram desde que Roman chegou à escola. Todos parecem gostar dele, mas Ever não consegue deixar de pensar que ele tem algo a ver com as debilitações do seu namorado.

Até que, depois da peça, ele diz que vai espera-la no carro enquanto cumprimentar Miles. Mas quando sai para encontra-lo, ele simplesmente sumiu. Ela tem certeza de que ele não faria isso com ela, não depois de tudo que já passaram. Ever sente que há algo muito errado, e começa a procurar pelo namorado, mas Damen não parece estar em lugar algum. Ela passa um angustiante fim de semana sem notícias de seu amado.

Alyson Noël
Na segunda-feira, para sua surpresa, lá está ele no estacionamento da escola, embora não na sua
costumeira vaga. Ele também não se lembra de sentir nada por Ever, nem dos momentos que passaram juntos – nem mesmo de ser um Imortal. E ainda mais, seus pensamentos e sua aura, antes inalcançáveis para a garota, agora são como um livro aberto. É um fato: Damen está perdendo a memória e definhando. Porém a Lua Azul se aproxima, e essa é a oportunidade de Ever Bloom voltar no tempo e evitar o acidente que matou toda a sua família. Mas é a única que pode salvar Damen. Ela voltará ao passado para salvar as pessoas que ama? Ou ficará para salvar seu verdadeiro amor?

Lua Azul me surpreendeu. Tinha esperanças de que melhorasse em relação à Para Sempre, mas admito que superou minhas expectativas. Desta vez o vilão está claro para todos. Ever aprendeu a usar um escudo que bloqueia pensamentos, e se recusa a removê-lo, então ela não tem certeza em quem deve confiar. E, como sempre, vai confiar nas pessoas erradas. Segredos que nem imaginávamos serão revelados, e o final é surpreendente, trazendo muita expectativa para o próximo capítulo da série, Terra de Sombras.

Ever é uma heroína em potencial. Mas para no potencial. Ela não aceita seus poderes como dons, não confia na sua intuição e está presa a sua vida antiga – sua família e o desejo de uma vida normal. Espero que ela cresça e crie mais confiança em si mesma no próximo livro.

Esse segundo volume é mais direto, sem exageros e melhor trabalhado e desenvolvido que o primeiro, e não pegou a “síndrome do segundo livro”. O que mais gostei foi como Noël provou que é possível, sim, fazer uma boa história sem a modinha do triângulo amoroso.

Só senti falta mesmo da Riley...

Classificação
Maravilhoso

Sobre Claudia Carvalho

É proprietária e autora do OUL. Interessada em literatura e ficção desde a infância, acredita que conhecimento existe para ser compartilhado.