Dizer que J.K. Rowling é uma escritora de sucesso é pouco. Sua influência na literatura atual e nos cinemas é praticamente absoluta, afinal, adolescentes aparentemente normais que descobrem fazer parte de um universo fantástico escondido aos olhos humanos se tornou base para muitos autores contemporâneos. A mulher mais rica da Inglaterra ─ mais que a própria rainha. Rowling teria qualquer manuscrito publicado, apenas pelo fato de ser dela. Não que isso a agrade muito.
Como a maioria dos fãs sabem, sua série literária do gênero policial de nome Cormoran Strike foi assinada pelo pseudônimo de J, Robert Galbraith, pois ela tem plena consciência de que qualquer coisa assinada por ela seria aceita pelas editoras. Assim como a série Harry Potter, o primeiro livro de Galbraith, O Chamado do Cuco, teve diversas recusas. Mas a roteirista de Animais Fantásticos e Onde Habitam não se deu por vencida, e continuou a enviar os originais de Robert, até que recebeu uma resposta positiva da editora britânica Sphere Books. Os planos de se manter por trás do pseudônimo masculino permaneceram, uma vez que ela queria saber até onde poderia chegar um livro que supostamente não foi escrito por ela. Não que tenha dado muito certo, pois em 13 de julho de 2013, cerca de três meses decorrido do lançamento, o jornal The Sunday Times acabou revelando a verdadeira identidade do autor estreante "com um histórico no exército e na indústria de segurança civil". E o resto já sabemos: best-seller em vários países, adaptação como série de TV pela BBC One e o terceiro livro já publicado aqui no Brasil, como título Vocação para o Mal, pela editora Rocco.
Sabendo quão difícil é para autores estreantes ganharem uma oportunidade do mercado literário, J.K. Rowling divulgou em sua conta no Twitter a foto de duas das cartas de rejeição que sua empreitada receberam como forma de apoio:
By popular request, 2 of @RGalbrath's rejection letters! (For inspiration, not revenge, so I've removed signatures.) pic.twitter.com/vVoc0x6r8W— J.K. Rowling (@jk_rowling) 25 de março de 2016
"Por demanda popular, 2 das cartas de rejeição de Robert Galbraith! (Para inspiração, não vingança, então removi as assinaturas.)"
A autora também contou como foi lidar com a rejeição:
I wasn't going to give up until every single publisher turned me down, but I often feared that would happen. https://t.co/bMKu4zJ3nm— J.K. Rowling (@jk_rowling) 25 de março de 2016
"Eu não desistiria até que cada um dos editores me virasse as costas, mas muitas vezes eu temi que isso pudesse acontecer."
I had nothing to lose and sometimes that makes you brave enough to try. https://t.co/ETEk8lcih1— J.K. Rowling (@jk_rowling) 25 de março de 2016
"Eu não tinha nada a perder e às vezes isso te faz corajoso o suficiente para tentar."
Rowling falou sobre as famosas rejeições de Harry Potter e a Pedra Filosofal, antes de falar de Galbraith. "As de Harry Potter agora estão numa caixa em meu sótão", o que nos dá a entender que não está nos planos da autora divulgá-las. Será que as veremos algum dia?
The Potter ones are now in a box in my attic, but I could show you @RGalbraith's? 😉 https://t.co/McGYViYvqp— J.K. Rowling (@jk_rowling) 25 de março de 2016
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