Josef Fontáine é um pianista francês de 21 anos do século XVIII, que reside em Paris, juntamente com seu amigo, o pintor Henri de Toulouse-Lautrec. Considerado um dos melhores pianistas da região, é escalado para tocar em um grande espetáculo de ballet. Os ensaios começam no primeiro dia de Janeiro - no ano 1900.
Josef é recebido com louvores ao chegar ao Recital Municipal de Apresentações. Conhece o diretor da companhia, Pierre Barreto, que lhe apresenta seus aposentos, o qual continha um piano de cauda e, estranhamente, um par de sapatilhas no canto.
Pierre decide deixá-lo a sós para desfrutar da sala, e o músico testa o piano, se perdendo na melodia, mas é interrompido por uma bailarina de cabelos negros em coque, que entra para buscar seus calçados esquecidos.
A mulher é inacreditavelmente bela, e seu perfume exuberante lembrava tulipas - delicado e doce. Deslumbrado, mal o rapaz mal consegue falar com a moça, que se retira rapidamente do aposento, a fim de não mais incomodá-lo.
Interessado, Josef descobre que a morena é a principal na peça. E quanto mais tempo passa com Adele Bouvier, mais fascinado fica. Mas o pianista não sabe porque está se metendo, ao defender Adele das garras de seu agressivo ex-namorado.
Para mim és imperatriz de tudo. Juro pelas ruas de Paris, que nunca se acabarão. [...] Juro pelas tulipas que cultivas que recebem tal afeto e tratamento, do qual tanto invejo. Eu juro pela lua, pelo sol... Qualquer coisa eterna e verdadeira é prova de meu intenso amor.
O livro A Bailarina e o Pianista foi escrito pela jovem autora estreante Maria Beatriz Costa do Nascimento, elaborado aos seus 14 anos e publicado em 2013, aos 15 pela Globus editora. Hoje com 16 anos, ela vive em Taboão da Serra, São Paulo.
Maria Beatriz Costa do Nascimento |
escrito por uma menina de catorze anos.
O livro tem somente 116 páginas, o que baixou ainda mais minhas expectativas. A capa também não é muito bem elaborada - mas foi muito bem ilustrada pela autora. Acredito que tudo isso tenha ajudado a surpreender o leitor.
Os personagens foram bem desenvolvidos. A descrição dos física dos personagens (com exceção de Adele) deixou um pouco a desejar, mas não é de todo ruim: nos concede mais liberdade para construir sua aparência.
Josef é um fofo, e tem um quê de inocência. Acredito que muitas de nós, garotas, gostaríamos de um.homem assim. Adele é facilmente imaginável, bonita, boa e simpática. Também é forte e esperta, mas essas características são realçadas mais adiante na história.
O vilão, Serge, é o típico possessivo-vingativo. É um dos personagens que mais se destaca, e rouba totalmente as atenções. Acredito que tenha sido o mais bem trabalhado no livro.
Henri é um show à parte. Quando ele entra em cena, pode ter certeza: coisa boa vem por aí. Inspirado no pintor de mesmo nome, você vai rir muito com o artista.
A história é linda e mansa, e realmente nos faz sentir como se estivéssemos na antiga Paris. Os cenários são simples de imaginar, principalmente se você já tem alguma familiaridade com o tema.
É uma boa obra, mas um pouco lenta demais. Não que as coisas demorem a acontecer, mas porque Maria Beatriz adotou uma linguagem antiga para se adaptar à época, o que realmente cansa um pouco.
Amo-te, e juro-te, por minha feminilidade, que sua masculinidade estará comigo enquanto as juras existirem, nesse compasso infinito no qual me emociono por ti... Amo... Eu te amo...
Acredito que a obra poderia ter sido melhor trabalhada, com uma linguagem um pouco menos arcaica e mais cenas e "turbulências" para nossos protagonistas. Isso prenderia mais o leitor.
Agora ponho minha mão no fogo para criticar a editora. A finalização do livro deixou muito a desejar em vários aspectos. Não me admira que o Skoob não tenha parceria com a Globus editora.
À autora, recomendo a tentativa de um relançamento por uma editora mais interessada e que mereça uma história tão bonita.
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